Domingo, 22 de junho de 2025
Redenção

Empresas são flagradas na receptação de dendê furtados por indígenas e quilombolas

Os crimes de invasão de fazendas e roubos de frutos de dendê não param na região do Acará e Tomé-Açu. Novamente, invasores liderados pelo indígena Marquês Tembé e pelo quilombola Josias dos Santos, foram flagrados pela equipe de segurança patrimonial da empresa Brasil BioFuels – BBF e por câmeras de segurança instaladas nas operações da empresa quando invadiam o local para furtar frutos frescos de dendê, a base do biodiesel que eles vendem a empresas concorrentes da região.

No último caso registrado, um caminhão bitrem transportava uma carga roubada de 34 toneladas de frutos frescos de dendê, situação corriqueira que já tomou conta do noticiário da região e que segue impune.

Nas imagens obtidas, o caminhão com a carga furtada saiu as 10h da Fazenda “Polo Vera Cruz”, de propriedade da empresa vitimada e foi flagrado novamente próximo de 13h entrando na sede da empresa Marborges, famosa no município de Moju por atuar na receptação de frutos furtados de empresas que cultivam dendê na região.
Segundo dados que constam registrados em boletins de ocorrências na Polícia, este já é o segundo caso do indígena Marquês Tembé envolvendo empresas que atuam na receptação de frutos roubados na região nos últimos 10 dias. Em seu depoimento à Polícia Civil de Tomé-Açu, no último dia 03 de junho, o acusado afirmou que a carga de dendê apreendida naquele sábado estava sendo transportada para a empresa Dendê Tauá, outra empresa que aparece constantemente ligada à receptação de frutos de dendê na região.

Empresas que atuam na receptação de frutos de dendê furtados, como Marborges e Dendê Tauá e outras, estimulam diretamente os crimes praticados pelos invasores indígenas e quilombolas, pois não havendo receptações, logo não haveria invasões e furtos de dendê. Infelizmente, são empresas que objetivam o lucro a qualquer custo, agindo contra o setor produtivo da Palma e contra o próprio Estado do Pará, destruindo toda a cadeia de valor que foi construída por empresas sérias que atuam no Estado.

Os crimes praticados ao longo dos últimos anos contra a BBF já ultrapassam os 750 BOs registrados nas delegacias de Polícia Civil de Tomé-Açu, Acará e Quatro Bocas.

Imagens: Reprodução