Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Redenção

Servidor da Funai é internado para retirar bala após tiroteio entre moradores e PRF dentro de Terra Indígena Apyterewa

O servidor da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), baleado em emboscada no Pará, tem quadro de saúde estável. A equipe do hospital informou que o paciente passa por exame raio-x para localizar a bala e fazer a cirurgia de retirada. A Força Nacional dá apoio à segurança dele.

Após os ataques a tiros, a equipe precisou ficar escondida na área de mata. Houve tiroteio dentro da floresta.

De acordo com o superintendente regional da Polícia Federal no Pará, José Roberto Peres, o ataque às viaturas da operação que faz retirada de invasores da Terra Indígena Apyterewa, no município de São Félix do Xingu, foi promovido por exploradores ilegais da região – garimpeiros, madeireiros e criadores de gado.

Duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que fazia escolta dos servidores, foram atingidas com diversos tiros. Um inquérito foi aberto para investigar o caso. Ninguém havia sido preso.

Os agentes retornavam de uma atividade entre 19h e 20h pelo no ramal Vitória, quando foram surpreendidos pelos disparos de arma de fogo em três pontos diferentes. Os agentes revidaram.

A ação de desintrusão é para que mais de 3 mil colonos (cerca de mil famílias) não-indígenas deixem as terras destinadas ao povo Parakanã, na TI Apyterewa, no sul do Pará. “No começo da desintrusão, estima-se que havia 60 mil cabeças de gado em pastos ilegais dentro da área de preservação”, afirma o superintendente Peres.

Na última semana, a operação de desintrusão chegou a ser suspensa e logo em seguida retomada. No dia 28 de novembro, o ministro Nunes Marques, do STF, suspendeu a operação de retirada de invasores na TI Apyterewa, atendendo ao pedido feito pela Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Projeto Paredão (APARPP) e pela Associação dos Agricultores do Vale do Cedro.

No dia seguinte, o Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a operação de retirada de invasores das Terras Indígenas (TIs) Trincheira Bacajá e Apyterewa, no Pará.

(Por Taymã Carneiro, João Pedro Bittencourt, g1 Pará e TV Liberal — Belém)