Sexta-feira, 9 de maio de 2025
Redenção

Indígenas do Pará têm até 3 vezes mais mercúrio no corpo do que o aceitável

Os pesquisadores da Fiocruz estão acompanhando de perto 80 indígenas Munduruku em busca de uma resposta científica para o que está acontecendo, especialmente com as crianças. Um grupo de neuropediatras da USP e de Harvard está analisando os casos.

Um estudo da Fiocruz mostra que indígenas do interior do Pará estão com níveis alarmantes de mercúrio no corpo. Uma equipe da GloboNews percorreu a região para mostrar o impacto do garimpo ilegal no povo Munduruku.

O povo Munduruku é o mais populoso do Pará, com mais de 9,2 mil pessoas. O cacique Jairo viu este lugar se transformar, e quem vive nele também.

Em busca de respostas, a Fiocruz enviou pesquisadores para a região. O estudo constatou que os peixes estavam contaminados por mercúrio. E o mais grave: o povo Munduruku já estava contaminado.

A Fiocruz analisou amostras de cabelo dos indígenas. Só em uma aldeia, pelo menos oito pessoas tinham níveis alarmantes de mercúrio no corpo. Alguns o dobro, um deles o triplo do aceitável pela OMS.

O resultado trazia um alerta: estas pessoas tinham alto risco de adoecer. Em entrevista à GloboNews, um dos coordenadores da pesquisa da Fiocruz, o epidemiologista Paulo Basta, explicou o que isso causa no desenvolvimento da criança. (Por Jornal nacional)