Domingo, 11 de maio de 2025
Redenção

Inflação acelerada pelo segundo mês seguido, com impacto da carne e energia elétrica

Luce Costa/Arte R7
Alf Ribeiro/Agência Estado/11.09.2003
Alf Ribeiro/Agência Estado/11.09.2003

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu pelo segundo mês consecutivo, alcançando 0,56% em outubro. O aumento foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8) e representa um acréscimo de 0,12 ponto percentual em relação a setembro, que registrou variação de 0,44%. No ano, a inflação acumulada é de 3,88%, e nos últimos 12 meses, atingiu 4,76%, acima dos 4,42% registados no período anterior.

Entre os novos grupos de produtos e serviços avaliados, os que mais influenciaram o índice foram habitação (1,49%) e alimentação e bebidas (1,06%). A energia elétrica residencial subiu 4,74% em outubro, impulsionada pela bandeira tarifária vermelha, que adiciona R$ 7.877 a cada 100 kWh consumidos.

Alimentos mais caros e quedas pontuais

No grupo de alimentação e bebidas, o custo de alimentos consumidos em casa aumentou 1,22%, com destaque para carnes (5,81%), especialmente cortes como acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). O tomate (9,82%) e o café moído (4,01%) também tiveram altas. Em contrapartida, produtos como manga (-17,97%), mamão (-17,83%) e cebola (-16,04%) tiveram quedas significativas.

Os alimentos consumidos fora de casa também ficaram mais caros, com a refeição subindo 0,53% e o lanche, 0,88%.

Transporte e combustíveis em queda

No grupo de transportes, a inflação registrou queda de 0,38%, com destaque para a redução das passagens aéreas (-11,5%) e do transporte urbano, como trem (-4,8%), metrô (-4, 63%) e ônibus urbano (-3,51%), influenciados pelas gratuidades durante as eleições municipais. Nos combustíveis, houve redução no etanol (-0,56%), diesel (-0,2%) e gasolina (-0,13%), enquanto o gás veicular subiu 0,48%.

Planos de saúde e impacto regional

Os planos de saúde também pesaram no orçamento em outubro, subindo 0,53% após reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para planos contratados antes da Lei nº 9.656/98.

Regionalmente, Goiânia teve uma variação maior, com alta de 0,8%, puxada pela energia elétrica (9,62%) e contrafilé (6,53%). Em Aracaju, houve uma variação menor, de 0,11%, devido às quedas na gasolina (-2,88%) e ônibus urbano (-6,22%).

O cálculo do IPCA de outubro determinadas probabilidades entre 28 de setembro e 29 de outubro de 2024, em comparação com os preços entre 30 de agosto e 27 de setembro de 2024.

(FONTE: larissa Lemgruber, do R7, em Brasília, Alf Ribeiro/Agência Estado/11.09.2003, Luce Costa/Arte R7)