Domingo, 11 de maio de 2025
Redenção

Esquema liderado por pastor utilizava distribuidora de bebidas e drogaria para ocultar valores de extorsão de comerciantes em MT, diz polícia

O esquema criminoso liderado pelo pastor evangélico utilizava uma distribuidora de bebidas e uma drogaria como ‘laranjas’ da facção para ocultar valores da extorsão de comerciantes de Cuiabá e Várzea Grande. O grupo foi alvo da Operação Falso Profeta, deflagrada pela Polícia Civil, na última quinta-feira (20). O pastor está foragido no Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), a distribuidora de bebidas está no nome de um funcionário de supermercado, enquanto a drogaria está no nome de uma mulher, mãe de quatro filhos e que recebe auxílio do Governo Federal.

Segundo a polícia, a drogaria teria realizado transações financeiras com o pastor, sem aparente fundamentação. Em apenas uma das transações foi identificado o valor de R$ 234 mil enviados pela empresa para a conta do pastor. Já a distribuidora de bebidas realizava transações financeiras para a facção, uma delas no valor de R$ 102.128,00.

As empresas possuem capital social declarado com valores significativos, que podem chegar a R$ 800 mil, mas que, segundo as investigações, estão em nome de pessoas de vida humilde, que certamente não são recebedoras das grandes quantidades financeiras.

Ao comparecer no local, a equipe policial confirmou que no endereço informado da drogaria, não há qualquer estabelecimento comercial físico, o que reforça a irregularidade da empresa, assim como possível uso do CNPJ para atividades irregulares, de acordo com as investigações.

(Por g1 MT. Foto: G1/divulgação)