O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou na quarta-feira (9) a atualização da “lista suja”, que aponta empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. O estado de Minas Gerais segue liderando o ranking no Brasil.
Minas é responsável por 159 dos 745 nomes divulgados, número que corresponde a 21% do total.
No último ano, 155 empregadores foram incluídos na lista, sendo 80% ligados a atividades rurais e 18 casos comprovados de trabalho análogo à escravidão em atividades domésticas.
Em 2024, 165 casos foram registrados no estado, de 727 no Brasil, quando Minas representava 22% do total.
Um dos empregadores citados na lista foi identificado em Belo Horizonte, e outros três na região metropolitana da capital. Desses, três foram incluídos na lista recentemente, na última atualização.
Como alguém vai parar na ‘lista suja’?
Auditores-fiscais do trabalho do MTE realizam constantemente ações fiscais de combate ao trabalho análogo à escravidão.
Quando as fiscalizações encontram trabalhadores em condição análoga à escravidão, um auto de infração é lavrado — um registro oficial de que houve a irregularidade.
Cada auto de infração gera um processo administrativo, no qual as irregularidades são apuradas e os empregadores têm direito à defesa.
Como denunciar
Denúncias de trabalho escravo podem ser feitas de forma remota e sigilosa no Sistema Ipê, lançado em maio de 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho em parceria com a Organização Internacional do Trabalho.
(Por Beatriz Mendes, g1 Minas — Belo Horizonte. Foto: Agência Brasil via BBC)