A mãe e o padrasto de um bebê de 1 ano foram condenados na quarta-feira (23) por torturar e matar o menino em Quirinópolis, no sudoeste de Goiás. Segundo o Tribunal de Justiça, as penas, somadas, chegam a quase 100 anos.
Gustavo Emanuel, de 1 ano e 3 meses, morreu em abril do ano passado, após série de espancamentos, conforme a denúncia do Ministério Público. O júri, que começou na terça-feira (22), durou 17 horas, no Plenário do Tribunal do Júri de Quirinópolis, sob a presidência da juíza Bruna de Oliveira Farias.
Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, mãe e padrasto cumprirão as penas em regime fechado.
Veja a condenação de cada um:
Alysson Sapucaia – condenado a 51 anos e 15 dias de reclusão
Ana Laura Costa – condenada a 46 anos e oito meses pelo crime de homicídio e 2 anos, dois meses e sete dias de detenção por tortura.
Em nota, a defesa de Alysson afirmou que já está adotando as providências necessárias para a interposição do competente recurso, por entender que a condenação imposta diverge do conjunto probatório constante nos autos.
O Ministério Público de Goiás informou que o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Quirinópolis reconheceu integralmente as acusações da promotoria por homicídio triplamente qualificado e tortura contra ambos os réus, que já estavam presos desde abril do ano passado.
Entenda o caso
A mãe e o padrasto de Gustavo Emanuel, de 1 ano e 3 meses, foram presos suspeitos de torturá-lo em Quirinópolis, em abril de 2024. Segundo a Polícia Civil, a prisão ocorreu após o casal levar a criança a um hospital, alegando que ele se machucou ao cair enquanto brincava.
A história, no entanto, não convenceu a equipe médica, que identificou várias marcas no corpo da criança semelhantes a queimaduras de cigarro e mordidas. O bebê também estava com hematomas na cabeça, unhas das mãos roxas e sem as unhas dos pés.
(Por Tatiane Barbosa, g1 Goiás. Foto: Reprodução/TV Anhanguera)