A primeira etapa da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Kayapó (OD-TIKAY), foi encerrada com resultados considerados expressivos no combate ao garimpo ilegal, à proteção dos povos indígenas e à preservação ambiental. Segundo os órgãos responsáveis, as ações provocaram um prejuízo estimado em R$ 97,3 milhões às atividades criminosas.
A operação iniciou no dia 2 de maio, com o objetivo de combater o garimpo ilegal na TI Kayapó, localizada no sul do Pará. O território é considerado um dos mais afetados pela atividade garimpeira no país.
A medida atendeu à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exigia a retirada de invasores de terras indígenas para proteger os povos originários e conter o avanço do garimpo ilegal. Segundo o STF, a permanência de não indígenas representa grave ameaça à vida, à saúde e à integridade dos territórios.
Homologada em 1991, a Terra Indígena Kayapó possui uma área de 3,28 milhões de hectares e está localizada nos municípios de São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte, Cumaru do Norte e Bannach. O território abriga 6.365 indígenas dos povos Mebengôkre, entre eles os grupos Gorotire, Kôkraimôrô e Kuben Kran Krên, além de indígenas isolados do Rio Fresco, distribuídos em 67 aldeias.
Entre os materiais destruídos ou apreendidos, estão equipamentos usados para extração de ouro, combustível e o próprio minério. Desde o início das atividades, em maio deste ano, foram identificadas e inutilizadas 1.384 estruturas ligadas ao garimpo ilegal, mais que o dobro da meta inicial, que era de 650 alvos.
De acordo com a Força Nacional e a Funai, eles continuarão atuando na região para evitar o retorno de invasores à Terra Indígena Kayapó.
(Por g1 Pará — Belém. Foto: Secom/PR)