Para contornar o problema dos preços abusivos de hospedagem em Belém durante a COP30, marcada para novembro deste ano, o governo federal contratou dois navios de cruzeiro internacionais como uma solução emergencial.
Juntos, os transatlânticos MSC Seaview e Costa Diadema terão capacidade para mais de 6 mil pessoas, em cerca de 3.900 cabines.
A aposta, porém, também trouxe mais um desafio logístico para a capital paraense: as embarcações ficarão atracadas no Porto de Outeiro, na Ilha de Caratateua, distrito a cerca de 20 km do centro de Belém e separado por vias estreitas e com pouca infraestrutura.
A escolha por Outeiro ocorreu depois que o governo descartou o uso do Terminal Hidroviário Internacional de Belém, no bairro do Reduto, área central da capital, às margens da Baía do Guajará, onde já existia uma estrutura mais robusta.
Sob alegação de riscos ambientais, a obra de dragagem de R$ 210 milhões, que permitiria a atracação de transatlânticos no local, foi suspensa em janeiro.
Agora, no porto em adaptação, o governo federal está investindo cerca de R$ 180 milhões em obras de melhorias que incluem a instalação de um píer de 710 metros, previsto para ser entregue em 14 de outubro, a menos de um mês antes da conferência.
(Por Roberto Peixoto, g1 — Belém. Foto: Diretoria de Infraestrutura/Secop)