Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram no domingo (7), feriado da Independência, em diversas cidades para pedir anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro e por crimes contra a democracia.
Sob o mote “reaja, Brasil: o medo acabou”, as manifestações foram marcadas por ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a Alexandre de Moraes. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, chamou o ministro de tirano.
Em São Paulo, o ato na Avenida Paulista teve uma bandeira gigante dos Estados Unidos na altura do Masp. Cartazes em inglês pediram que o presidente americano, Donald Trump, tome novas medidas para pressionar o STF. Faixas e cartazes defenderam o impeachment de Moraes.
Bolsonaro está em prisão domiciliar e não pode participar de eventos públicos, nem por vídeo, porque descumpriu medidas restritivas. Na terça-feira (9), o STF vai retomar o julgamento em que ele pode ser condenado por golpe de Estado e mais quatro crimes. As penas podem somar até 43 anos de prisão.
O protesto da Paulista reuniu 42,2 mil pessoas, segundo estimativas do Monitor Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Commom.
Com a margem de erro de 12%, o cálculo aponta um público entre 37,1 mil e 47,3 mil no momento de pico. Em 2024, o ato do 7 de Setembro na Paulista reuniu 45,4 mil pessoas, segundo o Monitor. A contagem foi feita a partir de fotos aéreas analisadas com inteligência artificial.
No Rio, o ato foi na orla de Copacabana e, de acordo com o levantamento do Cebrap, cerca de 42,7 mil pessoas estiveram presentes.
Com as populações de cada cidade são bem diferentes, o Monitor calculou a taxa de mobilização por mil habitantes: a de SP foi de 4,4 e a do Rio, de 8,2.
Também foi divulgada a taxa de mobilização por mil eleitores: 22,1 para o Rio e 13,2 para São Paulo.
(Por Redação g1. Foto: Nelson Almeida/AFP/ Foto: Reprodução/GloboNews)