Sexta-feira, 19 de setembro de 2025
Redenção

Trabalhadores da construção civil paralisam serviço em obras da COP 30, diz sindicato

Trabalhadores da construção civil e do setor mobiliário de Belém, Ananindeua e Marituba iniciaram uma greve terça-feira (16) por tempo indeterminado. Segundo sindicato do setor, a paralisação afeta obras públicas, incluindo projetos relacionados à COP 30. No entanto, a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) informou “que as obras da COP30 seguem normalmente, dentro do cronograma previsto”.

De acordo com Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (STICMB), “cerca de 5 mil operários aderiram à paralisação, que afeta obras do setor hoteleiro, da Vila COP 30 (onde chefes de estado devem ficar hospedados) e do Parque da Cidade”.

Entre as reivindicações dos trabalhadores está reajuste salarial maior, melhorias nas condições de trabalho, promoção para mulheres na área e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em duas parcelas de R$ 378.

Em nota, o Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon) confirmou a proposta de reajuste salarial de 5,5% e disse que o índice é superior à inflação acumulada dos últimos 12 meses, cujo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) resultou em 5,13%.

A patronal também confirmou que a proposta prevê cesta básica no valor de R$ 120, o que representa um aumento de 9% em relação ao valor atual de R$ 110,00. Segundo o Sinduscon, esses percentuais demonstram o esforco do setor em assegurar ganhos reais aos trabalhadores considerando o cenário econômico atual.

(Por g1 Pará — Belém. Foto: Anderson Coelho/AFP)