Domingo, 7 de dezembro de 2025
Redenção

Casal é preso por suspeita de latrocínio contra contador desaparecido em Xinguara

Uma mulher, de 30 anos, e um homem, de 28, estão presos temporariamente desde sexta-feira (7) como os principais suspeitos pelo desaparecimento do contador Victor Augusto da Rocha Arnaud, de 53 anos, morador de Xinguara, no sul do Pará. A mulher presa tem uma filha de cinco anos com a vítima.

O casal foi encontrado com o veículo do desaparecido, um Jeep Renegade, em uma balsa, ao tentar fazer a travessia no município de Estreito, no Maranhão. Ambos afirmaram desconhecer o paradeiro de Victor, que continua desaparecido desde 30 de outubro deste ano.

O setor de inteligência da Polícia Civil do Estado do Pará (Polinter) foi o responsável por identificar que o veículo de Victor estava no município maranhense. Por sua vez, a Guarda Municipal de Estreito, a partir de informações da Polícia Rodoviária Federal, realizou a abordagem na balsa que atravessava o Rio Tocantins, momento em que o casal foi localizado.

A prisão foi efetuada em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Vara Criminal de Xinguara, pela suposta prática de latrocínio (roubo seguido de morte). Vestígios de sangue conforme diligências investigativas na casa da vítima constataram que o interior do imóvel se encontrava consideravelmente desorganizado.

Havia manchas de sangue em dois lençóis e em um colchão, e o veículo não estava na garagem. No entanto, as autoridades não observaram sinais de arrombamento nas portas ou janelas da residência. Foi localizada, porém, uma câmera de segurança jogada no chão da cozinha, sem o respectivo cartão de memória, o que sugere uma tentativa de “apagar evidências”, conforme consta nos autos do processo.

Os investigados estavam acompanhados da filha da mulher com Victor, uma criança de cinco anos. Na mesma decisão judicial que determinou a prisão do casal, foi ordenado que o Conselho Tutelar de Estreito e de Xinguara fosse oficiado para que tomasse as providências cabíveis quanto à guarda, proteção e amparo da criança. Ficou a cargo do Conselho Tutelar a busca e identificação de familiares da menor que possam assumir a guarda provisória.

As autoridades de Xinguara aguardam a transferência dos dois suspeitos para que sejam ouvidos, dando prosseguimento às investigações para localizar Victor.

A prisão temporária tem prazo de 30 dias, podendo ser prorrogada.

(Correio de Carajás/ Theíza Cristhine. Foto: divulgação)