Segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
Redenção

Negócio inovador leva brasileira a ser a bilionária mais jovem do mundo

A brasileira Luana Lopes Lara, de 29 anos, tornou-se a bilionária mais jovem do mundo a construir a própria fortuna, sem ser herdeira. Ela é cofundadora da Kalshi, plataforma que transforma previsões sobre acontecimentos futuros — como eleições, resultados esportivos e indicadores econômicos — em ativos negociáveis.

Nesta semana, a empresa atingiu valor de mercado de US$ 11 bilhões, e Luana entrou para a lista de bilionários da revista Forbes. Ela detém 12% das ações da Kalshi.

Luana nasceu em Belo Horizonte, foi criada em Niterói e se mudou ainda adolescente para Joinville para estudar dança.

“O que eu me lembro de pessoa, eu já estava dançando”, disse. Os pais incentivaram desde cedo — “Meus pais me apoiaram muito desde que eu era muito pequenininha.”

Ela estudou por três anos na maior escola de balé do país, mas já alimentava ambições fora da dança. “Eu sempre sonhei muito, muito grande. Desde pequena eu queria fazer alguma coisa histórica, impactar muita gente”, afirmou.

Foi aprovada em universidades como Harvard, Stanford e Yale. Escolheu o MIT, onde teve aulas de matemática e ciência da computação. “O balé foi uma coisa que eu fui apaixonada, mas não era o meu plano final”, contou.

A ideia de negócio

Depois do MIT, Luana se mudou para Nova York para um estágio. A ideia da Kalshi surgiu em uma caminhada com o sócio.

“O que a gente queria criar era um mercado em que as pessoas pudessem comprar e vender ações do que ia acontecer no futuro. De quem vai ganhar uma eleição até o que vai acontecer com a taxa de juros e quem vai ser o artista do ano.”

A plataforma funciona com perguntas objetivas — como “vai nevar esta semana?” ou “quem será o artista do ano?” — sempre com duas respostas possíveis. Quem acerta a previsão é remunerado com o valor apostado por quem erra.

A Kalshi atua como intermediadora e cobra uma taxa pelas operações, semelhante ao funcionamento de uma bolsa de valores. “Quanto mais apostas são feitas, mais a empresa ganha”, explica um o economista Daniel Sousa.

Luana exemplifica, com um duelo entre Taylor Swift e Bad Bunny para o Artista do Ano de 2026: “Se você acha que a Taylor Swift tá muito barata agora, acha que ela vai lançar um álbum novo e vai chegar aí a 50%, você devia comprar agora, esperar chegar 50% e você vende.”

A compra e venda desses contratos pode acontecer mesmo antes do resultado final, como no mercado acionário.

(Por Fantástico. Foto: divulgação/Internet)