No Tocantins, um advogado foi condenado a 13 anos e oito meses de reclusão por falsificar documentos públicos e conseguir receber dinheiro após a morte de cliente. Ele teria usado os documentos para fazer um acordo em um processo judicial que começou quando a cliente ainda estava viva.
O advogado foi preso em ação das Polícias Civil do Tocantins e do Pará no município de Canaã dos Carajás (PA), em fevereiro deste ano. O julgamento que determinou a pena ocorreu na última terça-feira (29).
A defesa do advogado informou em nota que irá recorrer da sentença por entender que a pena aplicada foi “desproporcional e desarrazoada, especialmente diante das circunstâncias do caso”. Explicou também que o réu confessou os fatos e restituiu integralmente o valor atualizado antes mesmo do Ministério Público oferecer denúncia contra.
De acordo com o delegado Jacson Wutke, responsável pelas investigações, o advogado falsificou os documentos da cliente para dar andamento em um processo judicial. A fraude aconteceu quando ela ainda estava viva, mas depois do falecimento, ele firmou um acordo ilegal referente ao processo e recebeu os valores que seriam para a família da mulher. Além da falsificação, a ação foi configurada como crime de apropriação indébita.
De acordo com a sentença, desde 2018 o réu estava em posse de dois documentos falsos e, em 2024, se apropriou indevidamente de valores em um processo cível. O réu chegou a comentar que os valores foram devolvidos, mas, comprovada a materialidade do ato, a Justiça entendeu que ele só os devolveu meses após a situação ser descoberta.
(Por Patricia Lauris, g1 Tocantins. Foto: Divulgação)