A área queimada na Amazônia e na Mata Atlântica em 2024 foi a maior em quatro décadas. O fogo destruiu cerca de 30 milhões de hectares em todos os biomas brasileiros em 2024; 62% a mais que a média histórica, que era de cerca de 18 milhões de hectares, segundo o relatório do MapBiomas.
As imagens de satélite mostram um trecho de Pantanal, às margens do Rio Paraguai. As chamas consumiram mais de 2 milhões de hectares de vegetação próxima ao rio.
O MapBiomas faz a comparação com imagens de satélite registradas desde 1985. Em todo esse tempo, 2024 foi o pior ano em incêndios para a Amazônia e a Mata Atlântica. Os dois biomas tiveram os maiores índices da história em perda de vegetação pelo fogo.
Na Floresta Atlântica, a perda foi de mais de 1 milhão de hectares – aumento de 260% em relação à média histórica. O Cerrado continua sendo o bioma mais afetado por incêndios recorrentes; 35% da vegetação atingida pelo fogo estava nesse bioma. Mas a Amazônia sozinha respondeu por metade da área queimada em 2024: 15 milhões de hectares. Só a Terra Indígena Utiatiti, em Mato Grosso, perdeu mais de 2 milhões de hectares.
Mais de 70% dos incêndios florestais ocorreram entre agosto e outubro, período de estiagem. Foi o que aconteceu no interior de São Paulo. O fogo que começou em um canavial se espalhou pela mata.
(Por Jornal Nacional. Foto: Reprodução/TV Globo)