O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (25) uma proposta de lei que aumenta de 513 para 531 o número de vagas para deputados federais. A medida pode gerar um impacto de, pelo menos, R$ 95 milhões por ano. O texto foi aprovado com 41 votos favoráveis, o mínimo necessário.
O texto foi aprovado com mudanças, e por isso retorna para a Câmara dos Deputados analisar as modificações feitas pelo relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI). A medida precisa ser sancionada até 30 de junho, prazo final estipulado pela Justiça.
Ao longo do tempo de mandato dos parlamentares, de quatro anos, o aumento de vagas pode chegar a custar R$ 380 milhões para os cofres públicos.
A proposta, que passou com aperto na Câmara dos Deputados no começo de maio, recebeu 270 votos a favor e 207 contrários, e votos de praticamente todos os partidos deram sinal verde para o aumento das vagas, com exceção de PSOL, Cidadania, Novo e Rede.
A princípio, o texto original que chegou da Câmara dos Deputados não previa restrição em relação a criação de novas despesas para arcar com as 18 novas vagas de deputados, com isso, o impacto poderia ser de R$ 150 milhões.
Entretanto, o relator da proposta no Senado acatou uma emenda que veda a criação de novas despesas para arcar com gastos de cotas parlamentares, passagens aéreas e verba de gabinete.
Porém, o texto não fala sobre a criação de novas despesas para arcar com o salário desses 18 novos deputados. Assim, a estimativa de despesas com a remuneração dos parlamentares deve ser de R$ 10 milhões no ano. Já as outras despesas, que somam R$ 55 milhões, terão que se rateadas entre os 531 deputados.
Nove estados ganharão cadeiras na Câmara e nas Assembleias legislativas:
Amazonas (mais 2 federais e mais 6 estaduais);
Mato Grosso (mais 2 federais e mais 6 estaduais);
Rio Grande do Norte (mais 2 federais e mais 6 estaduais);
Pará (mais 4 federais e mais 4 estaduais);
Santa Catarina (mais 4 federais e mais 4 estaduais);
Ceará (mais 1 federal e mais 1 estadual);
Goiás (mais 1 federal e mais 1 estadual);
Minas Gerais (mais 1 federal e mais 1 estadual);
Paraná (mais 1 federal e mais 1 estadual).
(Por Vinícius Cassela, g1 — Brasília. Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados ))