A Justiça Eleitoral de Mato Grosso cassou o diploma e anulou os votos atribuídos à vereadora de Diamantino, a 209 km de Cuiabá, Monnize Costa (União Brasil), na quarta-feira (9), por abuso de poder econômico, compra de votos e arrecadação e gastos ilícitos de recursos. A decisão ainda tornou inelegíveis por oito anos, ela e o pai, o ex-secretário da Fazenda Eder de Moraes Dias, apontado como operador financeiro da campanha.
Eles ainda foram condenados ao pagamento de multa no valor de R$ 53.205,00. O juiz Raul Lara Leite, da 7ª Zona Eleitoral comunicou oficialmente a Câmara Municipal e ordenou o envio do processo ao Ministério Público Eleitoral, que deve avaliar a abertura de ação penal pelos crimes apurados.
Durante as investigações, foi encontrado um caderno de anotações contendo diversos registros de pagamentos paralelos, valores combinados com eleitores e gastos não declarados. Uma das provas traz a assinatura de um eleitor ao lado de uma anotação que citava “20 votos = R$ 5.000”. Em defesa, o eleitor alegou que a informação já constava no caderno quando assinou, mas não convenceu o juiz, que entendeu como compra de votos.
Também foram apreendidos R$ 6 mil em espécie no quarto de hotel onde Eder estava hospedado, às vésperas da eleição. Além de despesas simuladas e omissão de gastos com material de campanha.
(Por g1 MT e TV Centro América. Foto: Reprodução)