Protagonismo estudantil, inovação e sustentabilidade fazem parte do dia a dia das escolas da rede estadual paraense, e com tanto trabalho e comprometimento, os resultados são notórios. Dessa vez, a rede celebra mais uma conquista: duas escolas estaduais avançaram para a semifinal do Prêmio Liga STEAM 2025, uma das mais prestigiadas competições nacionais de ciência, tecnologia e inovação.
Este ano, a competição teve como tema “Educação e Sociobiodiversidade: Culturas Vivas, Comunidades Sustentáveis”, que desafiou os educadores a criarem soluções criativas para equilibrar o desenvolvimento sustentável com o respeito às culturas locais.
Com projetos que combinam sustentabilidade, protagonismo juvenil e tecnologia, os estudantes das escolas de tempo integral Celso Rodrigues, em Santo Antônio do Tauá, na Região de Integração do Guamá; e Padre Vitaliano Maria Vari, em Capitão Poço, Região de Integração do Rio Capim; colocaram o Pará em destaque.
Desenvolvido por estudantes da 2ª série do ensino médio, o projeto “Horta Pai D’égua: tecnologia e sustentabilidade brotando na escola amazônida”, da Escola Estadual Celso Rodrigues, une engenhosidade técnica e consciência ambiental. Utilizando uma mini turbina eólica feita com sucata, água coletada da condensação de ar-condicionado, e uma placa de arduino (que regula automaticamente a irrigação), a equipe de estudantes, coordenada pelo professor de Física, Fábio Ferreira, desenvolveu um sistema funcional que combate o desperdício e estimula a produção sustentável dentro da escola.
“O que vemos é a transição da conscientização para a ação concreta. No ano passado, identificamos o problema; este ano, estamos construindo e documentando uma solução replicável”, contou o professor Fábio Jorge. “O protagonismo é total dos alunos. Eles não estão apenas aprendendo Física, Química ou Biologia, estão se tornando engenheiros, designers de sistemas e comunicadores da própria ciência que produzem. É uma transformação na forma de aprender e de se ver no mundo”, completou.
Mais que um trabalho escolar, a “Horta Pai D’égua” funciona como um protótipo replicável, e será um dos destaques do plano de comunicação da equipe: um manual simplificado, voltado a outras escolas da rede pública, está em desenvolvimento. Como explica o professor.
(Agência Pará/Por Fernanda Cavalcante -SEDUC. Foto: divulgação)