Quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Redenção

Marido é condenado a 61 anos de prisão por matar e queimar corpos de esposa e suposto amante

O Tribunal do Júri condenou Valdinei da Silva Santana, na terça-feira (9), a 61 anos, 11 meses e 15 dias de prisão em regime fechado por matar e incendiar os corpos de Gleiciane de Souza e Vanderson Alves Fichio, em Jaciara, a 143 km de Cuiabá, no dia 6 de setembro de 2024.

O Conselho de Sentença reconheceu que os assassinatos foram praticados por motivo torpe, com meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas. Além dos crimes de feminicídio e homicídio, Valdinei foi responsabilizado por vilipêndio e destruição de cadáver, incêndio, dano qualificado e posse ilegal de arma de fogo, incluindo um revólver com numeração adulterada, sendo condenado a mais um ano, oito meses e 19 dias de prisão, que não serão somados à pena principal, mas cumpridos simultaneamente.

A sentença também determinou o pagamento de 94 dias-multa, além de R$ 100 mil por danos morais aos filhos de Gleiciane, R$ 63,2 mil por danos materiais e R$ 50 mil por danos morais aos pais de Vanderson.

Gleiciane e Vanderson, ambos de 35 anos, foram assassinados após o marido dela, Valdinei, de 42 anos, ter encontrado mensagens de um suposto relacionamento entre as vítimas no celular da esposa, conforme as investigações.

Segundo a polícia, o suspeito espancou a esposa ainda dentro da residência, a arrastou para rua e atirou contra ela diversas vezes, na frente dos filhos do casal, de 8 e 9 anos.

Em seguida, o suspeito foi até a casa de Vanderson e atirou contra ele. Depois, Valdinei colocou os corpos das vítimas um em cima do outro e fez mais disparos de revólver e com uma espingarda calibre 22.

Ainda de acordo com a polícia, o suspeito colocou os corpos dentro de um carro, posicionou uma moto ao lado e ateou fogo. Ambos os veículos pertenciam a Vanderson.

Valdinei passou o fim de semana foragido, no entanto, três dias após o crime, ele se apresentou na Delegacia de Jaciara, onde passou por audiência de custódia do Poder Judiciário e teve a prisão preventiva mantida.

(Por g1 MT. Foto: prefeitura de Jaciara)