Após mais de quatro anos da morte do joalheiro Edilson Pereira de Sousa, ocorrida em abril de 2021, em Marabá, a ré Oinotna Silva Ferreira, conhecida como “Tina”, confessou a participação no crime, relatando ser a mandante do assassinato do vendedor de joias. A confissão aconteceu no Tribunal do Júri, no julgamento de quinta-feira (11), em Belém. No relato, Oinotna informou que tinha uma dívida de R$ 1,9 milhão e que, por medo, decidiu matar Edilson.
O julgamento está sendo realizado na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Belém e conduzido pelo juiz Murilo Lemos Simão.
Com “Tina”, também respondem e enfrentam o banco dos réus: Maria da Paz Silva Ferreira, conhecida como “Da Paz”; Gabryella Ferreira Bogéa, a Gaby; Mateus Mendes; Raphael Ferreira de Abreu (irmão de Gaby e filho de “Tina”); e Bruno Glender Barbosa França (namorado de Gaby à época). Todos estão sendo julgados pelo crime de homicídio qualificado. Dos seis, apenas Maria da Paz Ferreira responde em liberdade.
A acusação, realizada pelo Ministério Público do Pará (MPPA), é conduzida por promotores de Justiça que pedem a condenação dos seis, alegando que provas e testemunhas confirmam a participação de todos no homicídio.
A defesa de Gaby afirma que o verdadeiro executor não está entre os réus e aponta falhas na investigação.
Este é o segundo dia de julgamento, que conta com 26 testemunhas entre policiais, peritos e moradores do condomínio onde o crime aconteceu.
Em interrogatório, “Da Paz” afirmou que tinha intimidade com a vítima e que, inclusive, Edilson chegou a dormir algumas vezes em sua residência. Chorando durante o depoimento, a matriarca disse não ter participado do crime e declarou que não sabia da dívida existente entre a filha (Oinotna) e Edilson.
Em sua fala, Oinotna Silva, a Tina, admitiu ter sido a mandante do crime que vitimou o joalheiro. No interrogatório, ela contou que pagou R$ 50 mil para Bruno (ex-namorado de Gaby), que teria sido o responsável por esfaquear e se desfazer do corpo da vítima, que foi jogado no Rio Itacaiunas.
(Correio de Carajás/ Por: Milla Andrade e Chagas Filho. Foto: divulgação)