O Japão acusou a China de ter apontado radares de forma “perigosa” a dois aviões de combate japoneses próximo às ilhas de Okinawa que foram mobilizados em resposta a um exercício militar chinês no Pacífico.
O episódio, registrado no sábado (6), ocorre em meio a uma das piores crises diplomáticas entre os dois países asiáticos (leia mais abaixo).
Direcionar um radar de controle de disparos contra outra aeronave é considerado um gesto ameaçador porque sinaliza um potencial ataque e pode forçar o avião visado a fugir. Segundo o jornal japonês “Mainichi”, o radar em um avião de combate é usado tanto para localizar objetos quanto para apontar seus mísseis, de modo que um piloto que recebe um alerta de radar não tem como saber quais são as intenções da outra aeronave.
“A iluminação do radar [chinês] foi além do que era necessário para o voo seguro da aeronave”, afirmou o ministro japonês da Defesa, Shinjiro Koizumi, via redes sociais. O ministro disse que o Japão apresentou um protesto às autoridades chinesas pelo incidente, que não causou danos aos pilotos nem às aeronaves.
O Japão não detalhou como respondeu à ameaça, mas disse que os caças japoneses foram visados por dois caças chineses lançados do porta-aviões Liaoning, que manobrava em “águas internacionais a sudeste da ilha de Okinawa” com três mísseis destróieres.
Já a China acusou os caças japoneses de atrapalharem um treinamento que faziam sobre o Pacífico e negou ter visado os caças japoneses.
Um porta-voz da Marinha chinesa disse que as aeronaves japonesas se aproximaram diversas vezes e atrapalharam os militares durante a execução de um treinamento de voo baseado em porta-aviões, previamente anunciado, a leste do Estreito de Miyako.
“Exigimos solenemente que o lado japonês pare imediatamente de difamar e caluniar e restrinja rigorosamente as ações na linha de frente”, disse Wang. “A Marinha chinesa tomará as medidas necessárias, de acordo com a lei, para salvaguardar de forma resoluta sua própria segurança e seus direitos e interesses legítimos.”
(G1/Por Deutsche Welle. Foto: Ministro da Defesa do Japão via Reuters)
