Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Redenção

Grupo Mafra e CMAA vão instalar primeira usina de etanol de milho no Pará; Redenção foi escolhida

Em reunião com o governador do Pará, Helder Barbalho, representantes do grupo Mafra e Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), que formam a Grão Pará Bioenergia, anunciaram investimento de mais de R$ 2 bilhões até 2029 na construção de uma refinaria de biocombustíveis.

A indústria de etanol de milho deverá ser instalada no município de Redenção, sul do Pará. Com previsão de iniciar a produção em 18 meses, o projeto se destaca pela aposta em práticas agrícolas e energéticas mais limpas, prometendo tornar o Estado uma referência nacional na produção de biocombustíveis.

O investimento de R$ 2 bilhões promete dinamizar a economia local. De acordo com o governo do Pará, o projeto prevê a geração de 600 empregos diretos e 3 mil empregos indiretos, além de fomentar a produção agrícola e florestal na região. A indústria irá utilizar o milho e outros grãos como matéria-prima básica para a produção de etanol, que é considerado uma fonte de energia renovável e menos poluente do que os combustíveis fósseis.

A previsão é de que a industrialização seja iniciada em 18 meses, aproveitando a segunda safra de 2025 do milho. A usina demandará mais de 1,5 milhão de toneladas de milho anualmente, incentivando os agricultores locais a expandir as áreas plantadas e melhorar a produtividade.

Os empresários envolvidos no empreendimento da CMAA e da Mafra destacaram as vantagens competitivas do Pará com a nova indústria de etanol de milho. O Brasil é, atualmente, o segundo maior produtor global de etanol, atrás dos Estados Unidos. Na safra 2022/23, o volume produzido atingiu 31,2 bilhões de litros.

Energia renovável

O etanol de milho é uma fonte de energia renovável que não depende de recursos finitos. O etanol de milho pode substituir parte da demanda de gasolina e contribuir para a redução da dependência externa de combustíveis fósseis. Além disso, o etanol de milho pode ser utilizado em motores flex, que são comuns no Brasil, e em veículos elétricos híbridos, que são uma tendência mundial.

O projeto também oferecerá um serviço de engorda de bovinos para pecuaristas parceiros, que poderão utilizar a estrutura da refinaria para confinar os seus animais. O sistema de engorda de bovino, conhecido como boitel, consiste em alimentar os animais com uma dieta balanceada e rica em proteína, que aumenta o seu peso e a sua qualidade. O principal insumo para o confinamento de bovinos é o DDG, que é um produto da produção de etanol de milho – DDGs (dry distillers grains), grãos secos de destilaria. (Revista OE)