A falta de leitos e preços altos de hospedagem são alguns dos principais entraves nos preparativos da COP 30. O problema afeta não apenas delegações estrangeiras, mas também quem vive em imóvel alugado em Belém: há proprietários pedindo imóveis de volta e deixando os inquilinos “na mão”.
“A gente morava lá havia 5 anos, quando todo mundo recebeu uma ordem de despejo, todo mundo do prédio . Eles deram 30 dias para a gente se mudar e procurar outro lugar para morar”, comenta a universitária Evelyn Ludovina.
As hospedagens em residências são 60% dos leitos para a COP 30. Os preços altos têm preocupado delegações. O presidente da Áustria, por exemplo, cancelou a participação na COP e o Brasil tenta reverter ausência. O governo diz que haverá 53 mil vagas de hospedagem e reservou 2,3 mil leitos especificamente para os 196 países participantes.
Órgãos públicos notificaram plataformas para que excluam anúncios com preços abusivos e avaliam entrar na Justiça. Até a noite de quinta-feira (21), nenhuma medida judicial havia sido anunciada.
O que diz a lei?
Segundo a advogada Letícia do Vale Alves, a legalidade da rescisão de contratos de locação é determinada pelo tipo de contrato (prazo determinado ou indeterminado), e pela observância das regras da Lei do Inquilinato.
(Por g1 Pará — Belém. Foto: Evelyn Ludovina/Arquivo pessoal)